segunda-feira, 1 de janeiro de 2007



Capitulo 1 - Na Praia

Sai andando em direçao a praia, me aproximei de uma árvore e me despi, deixando minha roupas penduradas nos galhos da árvore, e segui ao encontro do mar, parei de caminhar quando a água estava na altura da minha cintura, e fiquei ali admirando a lua.
É claro que eu a ouvi se aproximar. Estava ciente de cada gesto seu, meus ouvidos de vampiro não deixavam escapar nenhum detalhe, mas continuei olhando a lua, mirando-a na sua forma mais bela que ainda não conseguia ultrapassar a beleza de Bella, há uma distância mínima de mim agora.
- Linda - ela disse, seguindo o meu olhar e olhando para a lua também.
- É bonita - respondi obviamente não impressionado. Virei-me lentamente para olhá-la, pequenas ondas se formando com meu movimento e quebrando em sua pele macia. Resisti a tentação de observar a sua nudez como queria, pensando que talvez isso a constrangeria e virei a palma da mão para cima para que pudéssemos entrelaçar nossos dedos abaixo da superfície da água morna. O que eu menos queria naquele momento era que minha pele fria lhe causasse repulsa.
“Mas eu não usaria a palavra linda”, continuei. “Não com você estando aqui em comparação.”
Ela deu um meio sorriso, e levantou sua mão livre para colocá-la em meu peito de mármore. Incrível ver como a luz prateada da lua deixava sua pele tão branca quanto a minha. Estremeci ao sentir o calor que irradiava da sua pele... Tão macia...! Tão quente…! Minha respiração automática e desnecessária veio mais rápida agora, pensando no que estava por vir. Era melhor deixar tudo muito claro, quem sabe ela ainda desistisse?
- Eu prometi que tentaríamos - sussurrei e ela provavelmente percebeu o quanto estava preocupado. - Se… se eu fizer algo errado, se eu te machucar, você tem que me dizer de uma vez.
Ela assentiu, sem desviar nossos olhos. Não, ela não havia desistido, ela não se preocupava, ela não entendia o risco… Mas não adiantava discutir, eu havia prometido.Indiferente ao conflito interno que acontecia comigo, ela se aproximou ainda mais e repousou sua cabeça em meu peito, os cabelos tão macios caindo como uma cortina sobre mim.
- Não se preocupe - ela murmurou. - Nós ficaremos juntos.
Para o meu coração morto aquelas palavras tão simples e ditas com tanta confiança pareceram bastar. Ele se acalmou, se aquietou, e eu sabia que ela estava certa.
Abracei-a, trazendo-a para ainda mais perto de mim. Aquele momento era muito mais do que eu poderia pedir, era perfeito. Era sublime. Era humanamente inexplicável.
“Para sempre,” concordei. No meio segundo em que a mantive em meus braços, tão pouco tempo para ela e pra mim tão infinitamente longo, refleti, surpreendentemente ansioso, em qual seria a melhor maneira de fazer aquilo. Era certo? Eu não sabia, apesar de já ter refeito a promessa de que tentaria. Se eu tivesse alguma esperança de que Bella mudasse de idéia, essa esperança já havia se esvaído por completo, o que era muito, muito ruim.
Ou talvez não.

Enquanto a tinha entre meus braços sólidos e perigosamente letais para a sua fragilidade humana, com seus delicados seios pressionados contra o meu peito, peguei-me assumindo o quanto eu ansiava pelo que estava por vir. Talvez mais do que qualquer coisa que eu já ansiara em minha… existência. Nem a sede pelo sangue humano, o sangue de Bella, especialmente, parecia comparável com a necessidade de unir-me também dessa maneira com Bella. Todo o meu ser já pertencia exclusivamente a ela como nunca pertencera a ninguém. Agora eu também queria que meu corpo humano pertencesse.
Eu estava súbita e urgentemente ansioso quando a puxei ainda mais para o fundo, até a água cobrir boa parte de nossos braços e chegar até os ombros de Bella. Queria que ela se sentisse mais quente, com o calor que meu corpo inutilmente não poderia lhe oferecer.
-Edward? – A voz dela soou baixa, hesitante.
- Sim, Bella? – interroguei distraído com os fios sedosos de seus cabelos entre meus dedos. Inalei profundamente sentindo a já antiga sensação de ardência na garganta, surpreendentemente fácil de ignorar frente ao diferente tipo de desejo que despertava no meu corpo.
- Você está tão nervoso quanto eu? – Ela perguntou com uma nota de humor. A sensação de suas palavras e sua respiração batendo em meu pescoço produziram uma corrente elétrica pelo meu corpo.
- Pode apostar que sim.
Depositei um beijo suave em sua garganta antes de afastá-la suavemente.
- Eu quero olhar você – respondi ao seu olhar interrogativo. Observei suas bochechas esquentarem e assumirem aquele tom de vermelho que eu tanto adoro, mas ela não se opôs.
Acariciei a lateral de seus braços até chegar em sua cintura, onde sem nenhum esforço a ergui centímetro a centímetro a cima de meus olhos para fora da água, parando quando as ondas chegavam a altura de seu umbigo.
Sorri, antes de descer meus olhos para a sua pele humanamente pálida e segui os traços das mais delicadas formas de seu corpo. Meu coração morto teria acelerado se pudesse e a minha respiração automática e desnecessária nunca pareceu tão importante.
Observei-a deslumbrado, nua… totalmente nua… Seios arredondados muito mais belos do que pude imaginar naqueles segundos que ela esteve pressionada contra mim, algumas gotas da água que as breves ondas jogavam na nossa direção ajudavam a enfeitar sua perfeição.
Estava fascinado. Deslumbrado. Maravilhado. Ver Bella dessa forma era muito mais do que já ousei imaginar.
Abaixei novamente meus braços inclinados até nossos olhos ficarem nivelados e mantendo-a segura com uma única mão, deslizei a outra até sua perna, dobrando-a ao redor de mim num único movimento.
Ofereci a ela um sorriso reconfortante.
- Estou… pensando em algo para dizer. Algo que consiga expressar o que sinto…
- E está conseguindo?
Minha voz saiu ainda mais baixa, eu não tinha certeza de que os ouvidos humanos dela foram capazes de ouvir. Estava mais atento aos meus dedos que agora seguiam uma trilha por entre seus seios, pousando sobre seu estômago e subindo mais uma vez.
- Achei que estava óbvio – ela soltou num suspiro entrecortado. Pude ouvir o seu coração acelerando mais a cada segundo, então sorri.
- É, eu acho que está.
Sempre delicado para não quebrá-la ao meio, passei minha lingua em sua orelha deslizei meus lábios provoquei-a com beijos no pescoço, descendo aos ombros, subindo até a pulsação abaixo do queixo , deslizando minhas mãos sobre sua pele suave e quente ... Testando seus prazeres... Testando meus limites...

- Edward.

Não foi um chamado. Foi um suspiro. Foi um pedido implícito. Por isso eu não respondi com palavras. Meus lábios foram parar sobre os seus enquanto minhas mãos tomavam caminhos ousados, arrancando suspiros entrecortados e abafados quando ousei um pouco mais e apertei levemente um de seus seios, usando a outra mão para acariciar o seu quadril, descer pela coxa e subir novamente por sua parte interna. Ela desprendeu os lábios dos meus, soltando um suspiro mais alto, quase um gemido.
Observei fascinado seus olhos se fecharem, ela estava gostando daquilo tanto quanto eu, então a provoquei novamente, ouvindo outro daquele som melodioso e agradável e percebendo uma inquietação repentina em meu corpo que nada tinha a ver com sede. Era urgente, e me fazia tremer.
Sem pensar, apertei meus dedos em sua perna e teria pedido desculpas depois se Bella – sempre Bella – não inventasse de me retribuir as carícias e me fizesse apertá-la com mais força quando deveria tê-la soltado.
Estava sendo mais humano do que pensara ser capaz. Meu corpo reagia mais ao instinto humano do que a minha natureza predadora. Os toques das mãos de Bella me enlouquecia cada vez mais .
- Vá com calma, amor – Segurei sua mão que já estava abaixo do meu umbigo e que parecia perder altitude a cada instante.
- Eu fiz alguma coisa errada? – ela perguntou, confusa.
O tom de sua voz fez-me rir.
- Não. Você está fazendo certo demais, esse é o problema.
Ela esperou dois minutos para responder.
- Não entendo.
Trouxe o seu rosto para mais perto do meu, frente a frente, para que ela olhasse em meus olhos e visse a sinceridade neles.
- Para quem nunca fez isso você está me fazendo perder o controle cedo demais. Eu é quem deveria estar seduzindo você, não acha?



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